ENSAIO ABERTO - UM PANORAMA DO QUE OCORREU

Marilice Bastos realiza oficina de dança e faz ensaio aberto de seu novo espetáculo


Atividade reuniu 43 participantes, moradores da Vila Farrapos, na manhã de sábado

Promover a educação pela dança. Assim a bailarina-coreógrafa Marilice Bastos resumiu os objetivos da oficina que ministrou, na manhã deste último sábado, dia 18 de setembro, para 43 participantes, entre crianças, jovens e adultos, moradores da Vila Farrapos, integrantes das oficinas do projeto de Descentralização da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre. A atividade, desenvolvida no mezanino da Usina do Gasômetro, foi seguida do ensaio aberto do espetáculo “Casa, Casa, Casa”, aberto à participação do público em geral. A nova produção da artista estréia em outubro, com três apresentações gratuitas, nos dias 1º, 2 e 3, às 21h, no Teatro do Museu, sob o financiamento do Fumproarte.

Os irmãos Brian, 6 anos, e Eric, 5, estavam empolgados com as brincadeiras. “Achei tudo muito legal”, disse Brian, concluiu, com um grande sorriso, sua satisfação com a oficina. Josué Assis Luz, de 10 anos, de Garibaldi, aproveitou a visita à tia para acompanhar a atividade. “É a primeira vez que participo. Gostei da dança da casa”, comentou. A mesma impressão foi compartilhada com Letícia Cabral, 12 anos, que participou pela primeira vez da atividade.

Segundo Marilice, o encontro permitiu dialogar ludicamente com os participantes, vivenciando e mostrando os caminhos percorridos no desenvolvimento de um projeto de criação artística em dança. “Quisemos mostrar os diversos estilos de dança e que é possível ser criativo mesmo sem grandes recursos”, explicou Silvio Leal, coordenador das Oficinas de Descentralização da Cultura, parceiro de Marilice na realização do evento.

Para Marilice, a dança criativa pode ser um importante aliado no processo educacional. “A metodologia utilizada permite mostrar que é possível criar a partir da observação de movimentos simples do cotidiano”, complementou. Ela acredita que experiências como estas favorecem a formação de seres mais conscientes de suas potencialidades e de suas realidades.

Marisabel Borges, 30, educadora da Associação de Moradores do Loteamento Pampa, considerou que a oficina foi um importante estímulo para o grupo de dança da comunidade. “Eles se mantiveram atentos durante todo o tempo. Foi bastante produtivo. Ao mesmo tempo em que aprenderam novos movimentos, eles curtiram muito”, avaliou Cintia Regius, 31, também educadora da comunidade. A coordenadora pedagógica Marília da Silva, 28 anos, acredita que o aprendizado também se faz fora da sala de aula. “Todos crescem com estas experiências como estas”, conclui.